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MENILMONTANT - RUE DES CASCADES/RUE DE LA MARE
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INFORMAÇÕES
Metrô:
Estação Ménilmontant

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Ménilmontant ou “Ménilmuche” como é carinhosamente conhecido pelos moradores, era um faubourg, isto é, um suburbio de Paris até ser incorporado à cidade em 1860, durante a reforma do Baron Haussmann. Ménilmontant era um vilarejo que pertencia a Belleville e até hoje são inseparáveis historicamente, geograficamente, economicamente e, em termos populacionais, devido à predominância da classe trabalhadora.


Em julho de 1778, um desabamento na mina de gipsita de Ménilmontant causou a morte de sete mineiros. A exploração subterrânea da matéria prima do gesso foi considerada demasiado perigosa e, como conseqüência, foi banida por decisão real em 1779. As antigas minas foram dinamitadas.


Antes de ser incorporado a Paris, Ménilmontant era isento de impostos e o vinho era mais barato. Durante o século XVIII isto incentivou a abertura de diversos bares dançantes, conhecidos como guinguettes.


Quando passeava por este bairro o célebre filósofo Jean-Jacques Rousseau sofreu um acidente no dia 24 de outubro de 1776 e perdeu a consciência por alguns instantes. As pessoas que presenciaram a cena acreditaram que ele estivesse morto. Este episódio é analisado minuciosamente em seu livro Les Rêveries du promeneur solitaire, no capítulo “la seconde promenade” ( o segundo passeio).


Discípulos do socialista utópico Saint-Simon, liderados pelo excêntrico Barthélemy Prosper Enfantin, instalaram uma comunidade do movimento saint-simonien no nº 145 da rue Ménilmontant em abril de 1832. As normas estabelecidas, as praticas e relacionamentos estranhos reinantes no grupo o levaram à desmoralização e, por fim, à dispersão inglória. Alguns personagens do grupo migraram para o Egito e tiveram papel destacado na abertura do canal de Suez, outros participaram na França da instalação de importantes ferrovias.


Um filho ilustre do bairro, Maurice Chevalier, lançou em 1941 a música “La marche de Ménilmontant”. Muito antes dele, o célebre chansonnier Aristide Bruant, imortalizado nos cartazes de Henri de Toulouse-Lautrec, cantava “Belleville-Ménilmontant”. Outra homenagem ao bairro é a canção “Ménilmontant” de Charles Trenet.