Neste local foi construído em 1371 o palácio de Olivier de Clisson, chefe dos exércitos do rei. Em 1553 o Hôtel Clisson foi comprado pelo duque de Guise, poderoso senhor feudal, chefe da Liga católica e personagem importantíssimo durante as Guerras de Religião do século XVI. O palácio passou a ser conhecido como Hôtel de Guise e abrigou grande parte da conspiração que culminou com o tristemente célebre massacre da noite de São Bartolomeu, em 1572, quando milhares de protestantes foram assassinados durante a madrugada. O palácio também foi centro de preparação da Jornada das Barricadas, em 1588, revolta que obrigou o rei Henri III a fugir de Paris para o castelo de Blois.

Do palácio Clisson resta apenas uma porta fortificada, no n. 58 da rue des Archives. Do Hôtel de Guise temos ainda a capela e a sala de guardas. O edifício foi adquirido pelo príncipe François de Rohan-Soubise em 1700 para ocupa-lo com sua esposa Anne, que fora amante do rei Louis XIV durante algum tempo, e o reformou inteiramente entre 1705 e 1709. Desde então passou a ser conhecido como Hôtel Soubise.

O imenso pátio em meia-lua ladeado de jardins e colunas foi projetado para facilitar a manobra das carruagens. No interior do palácio um dos destaques é o Salão Oval, feito em 1736, que era o aposento da princesa, obra prima da arte rococó, com muitos arabescos e ornamentos dourados.

Durante a Revolução Francesa, o Hôtel Soubise tornou-se propriedade do Estado e, a partir de 1808, por determinação de Napoleão, passou a abrigar o Arquivo do Império. Em 1867, Napoléon III criou no local, já bastante modificado e ampliado, o Museu da História da França. Nele se encontra o original da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Atualmente, além dos arquivos nacionais, o espaço abriga também diversas atividades culturais como conferências, oficinas para adultos e crianças, exposições e espetáculos.